Tipos de argumentos - Parte III

Para finalizar nosso estudo sobre os tipos de argumentos, lembre-se que você já conheceu os seguintes: Definição, Comparação, Causa e consequência e Trajetória histórica (Parte I). Ilustração narrativa e descritiva, Exemplificação, Cifras de dados Enumeração e Evidência (Parte II).

Confira agora as formas de argumentar que vão exigir de você um conhecimento mais amplo, ou seja, será necessário expor não apenas algo que justifique seu ponto de vista, mas também articular isso com um ponto de vista contrário, o qual você negará.

 

  • Refutação: esse modo de argumentação é utilizado para contestar e questionar argumentos que fazem parte de um consenso. Atenção! Para se recorrer a esse tipo de argumentação é necessário ter um domínio do assunto e uma habilidade discursiva.

Ao contrário do que contam as vozes oficiais, o Brasil não é um país de tradição liberal, pacifica, cordial: desde a chegada de Cabral e dos colonizadores a essas então paradisíacas praias, a nossa história tem sido antes de tudo um mar de intolerância, de censura, de proibições, de perseguições – e até de morte para aqueles que não aceitam as regras impostas pela maioria ou por aqueles que têm representantes no poder." (Intolerância à brasileira. Marco Antônio de Carvalho)

 

  • Bilateralidade: é um recurso argumentativo em que o leitor compara os dois lados da questão proposta e não adota um único ponto de vista. Mas fique atento se a proposta exige de você um posicionamento único.

O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo atual. A sua utilização para o bem-estar do homem e desenvolvimento da civilização é vasta e diversificada, sobressaindo aquela que o transforma nas mais diversas formas de energia, quer luminosa, calorífica, quer motriz, fazendo com que esteja presente no exercício das mais variadas atividades do elemento humano. Em contrapartida, ele pode ser um dos principais agentes poluidores do meio ambiente. Por isso, para que a sua utilização seja realmente compensadora para o nosso bem-estar, necessárias se fazem várias medidas relacionadas com a preservação do ambiente em que vivemos.” (Revista Petrobras)

 

  • Oposição: a oposição de duas ideias distintas mostra a capacidade dialogar sobre o assunto, e ao final, na conclusão, você deve admitir uma delas como sendo o seu ponto de vista.

“A obra de arte, fundamentalmente, consiste numa interpretação objetivada duma impressão subjetiva. Difere, assim, da ciência, que é uma interpretação subjetiva de uma impressão objetiva, e da filosofia, que é, ou procura ser, uma interpretação objetivada de uma impressão objetiva. A ciência procura as leis particulares das cousas - isto é, aquelas leis que regem os assuntos ou objetos que pertencem àquele tipo de cousas que se estão observando. A ciência é uma subjetivação, porque é uma conclusão que se tira de determinado número de fenômenos. A ciência é uma cousa real e, dentro dos seus limites, certa, por que é uma subjetivação de uma impressão objetiva, e é, assim, um equilíbrio." (Fernando Pessoa)

 

E agora que tal colocar em prática alguma dessas formas de argumentar? Afinal, você só aprenderá praticando. E conte com o Escrever é Praticar para corrigir e lhe orientar a cada redação, sem sair de casa!

Leia também:

Tipos de argumentos - Parte I

Tipos de argumentos - Parte II

Prova discursiva para concurso público

Autor(a): Equipe Escrever é Praticar

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