Precisa aprimorar a redação?
Tenha uma orientação personalizada com o Escrever é Praticar - Saiba mais...
O Escrever é Praticar preparou um E-book para você arrasar na redação :)
BAIXAR AGORA

Tipos de argumentos - Parte II

Na postagem anterior (Tipos de argumentos - parte I) você conheceu os seguintes tipos de argumentos: Definição, Comparação, Causa e consequência e Trajetória histórica. Para ampliar o seu repertório e ficar preparado para qualquer situação, conheça mais algumas formas de argumentar.

 

Hoje vamos estudar os tipos de argumentação que são mais recorrentes nas redações, aqueles que exigem de você uma referência mais precisa sobre o tema, pois você deve citar informações objetivas e concretas.

 

  • Ilustração narrativa e descritiva: ao usar esse tipo de argumentação, é preciso ser sucinto, não tomando muito espaço em seu desenvolvimento para não comprometer a dissertação. Vale-se de um apoio para a comprovação do seu ponto de vista, narrar ou descrever um fato que seja coerente e colabore para a argumentação, como forma de exemplo.

Uma moça fazia perguntas ao computador, falando japonês corrente. O computador repetia a pergunta feita com voz, idêntica à da moça. Em seguida apresentava a questão na tela, escrita em japonês e traduzida para o inglês. Após uma pesquisa no banco de dados correspondente, dava a resposta em quatro versões: oralmente, falando com voz idêntica à da moça, em japonês e inglês: graficamente, escrevendo a resposta na tela em ambas as línguas. Quem possua um elementar conhecimento dos processos de computação é capaz de avaliar a complexa cadeia de softwares e hardwares envolvida nesse processo de codificar, decodificar e transliterar sons e imagens.” (Tecnologia e humanismo. Benedicto Ferri de Barros)

 

  • Exemplificação: dar exemplos que comprovem o seu ponto de vista deixa o seu texto mais persuasivo e convincente e, ainda, mostra ao leitor que você tem propriedade acerca do que está falando. A citação é um meio de exemplificar.

Há uma enorme série de exemplos de instrumento, ou até mesmo produtos de consumo, que perderam seu sentido inicial para se transformarem em signo, ou seja, que passaram a funcionar como veículos de transmissão de ideologias: o pão e o vinho para os cristãos; a balança para a justiça; a maça para o pecado; a pomba para a paz.” (Adilson Citelli)

 

  • Cifras de dados: esse é um recurso argumentativo que requer de você, conhecimento específico, pois, para inserir dados, informações ou cifras, deverá ter total apropriação desses números. A utilização deixará sua argumentação mais concreta e provará tudo o que afirmou, desde que cite as devidas fontes e referências dos órgãos que levantaram tais dados.

A primeira dificuldade do telescópio, cujos olhos eletrônicos deverão sondar distâncias de até 14 bilhões de anos-luz, próximo ao momento do nascimento do Universo, envolveu uma antena de Hubble, que pode transmitir dados de uma enciclopédia de 30 volumes num período de 42 minutos, seria pouco mais que umas das milhares de peças, de parafusos a restos de foguetes e satélites, que formam uma crescente nuvem de lixo em órbita da Terra.” (Ulisses Capozoli)

 

  • Enumeração: esse é um tipo de argumentação em que se faz uma discriminação, uma espécie de listagem utilizada para colaborar com a argumentação, mas que precisa respeitar o contexto.

Octavio Paz, poeta e ensaísta mexicano, ao analisar o seu país, concluiu que ‘Quando uma sociedade se corrompe, a primeira coisa que gangrena é a linguagem’. No Brasil, a gangrena linguística começa pela recusa a dar o verdadeiro nome às coisas, e continua com o desprezo pelas palavras, pela inversão do significado delas, pela apropriação indébita de vocábulos ricos em sua significação, pela corrupção ideológica com que se contaminam as palavras, pelo desrespeito total ao universo a que elas pertencem.”

 

  • Evidência: nesse tipo de argumentação é preciso desenvolver o ponto de vista adotado requer a apresentação de evidências que o comprovem.

O que constitui problema para os países pobres é a atual divisão internacional do trabalho, que deixa para os ricos o arbítrio de impor preços para o que adquire nos países pobres. Não há falta de produção de alimentos.” (Jornal Opinião)

 

Essas são apenas (mais) algumas das formas de argumentar que você pode empregar no seu texto dissertativo. Aproveite para ver os outros tipos de argumentação que já estudamos aqui em Tipos de argumentos - Parte I.

Agora que tal fazer uma pausa e colocar em prática alguma dessas formas de argumentar? Afinal, você só aprenderá praticando!

Veja também:
Tipos de argumentos – Parte I

Tipos de argumentos – Parte III

Estrutura da dissertação

Artigos relacionados