Por que escrever um texto discursivo?

Prova Discursiva, qual a sua importância?

Durante muito tempo, o texto dissertativo-argumentativo dominou as provas de concursos públicos. Seu propósito principal era avaliar o grau de alfabetização dos candidatos e sua capacidade de organizar ideias de maneira lógica e estruturada. Esse tipo textual incentivava a defesa de um ponto de vista crítico, respaldado em argumentos concretos, mas a avaliação voltava-se mais para competências gramaticais do que as de conteúdo.

 

No entanto, o cenário mudou. Hoje, há uma crescente demanda por dissertação expositiva, especialmente em provas de instituições como Secretarias de Fazenda, Conselhos Federais, ICMBio, IPEA, CNJ, Tribunais, Prefeituras e outras. Vale ressaltar que o CNU e o TSE Unificado também aderiram ao texto discursivo como estratégia de avaliação.

Esse tipo textual exige que o candidato apresente informações detalhadas sobre temas específicos, demonstrando domínio técnico e clareza na comunicação.

Esse fenômeno não se restringe às áreas jurídicas, como magistratura, promotoria e delegacia, mas se estende a uma ampla gama de profissões: professores, psicólogos, farmacêuticos, dentistas, químicos, engenheiros, arquitetos, arquivologistas e muitas outras.

 

Desvendando o Texto Discursivo
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A diversidade dos perfis profissionais exigidos nos concursos públicos reflete a necessidade de selecionar candidatos que não apenas conheçam profundamente o conteúdo específico de seus editais, mas que também saibam transmiti-lo de maneira precisa e adequada ao contexto profissional.

Com candidatos cada vez mais preparados, as bancas buscam novas formas de selecionar os melhores. O foco agora é identificar quem domina o assunto específico do edital e possui capacidade de análise crítica e técnica. Essa mudança também reflete as demandas do mercado e da atuação profissional, em que a comunicação escrita não é apenas uma ferramenta, mas uma habilidade essencial para a execução das atividades diárias.

No contexto profissional, espera-se que o indivíduo consiga não apenas conhecer a base teórica típica da sua função, mas também traduzir esse conhecimento em textos claros, objetivos e fundamentados. A capacidade de comunicação escrita está diretamente ligada ao desempenho nas funções, seja para redigir relatórios técnicos, propor soluções para problemas complexos ou responder de forma eficaz às demandas do público ou da instituição.

 

 

O Texto Discursivo: Um Novo Paradigma

O texto discursivo, cada vez mais exigido nos concursos, desafia o candidato a demonstrar conhecimento técnico e teórico sobre um tema do edital. Essa abordagem pede não apenas a transmissão de informações, mas também análise e justificativa embasadas em referências concretas.

Seus objetivos podem variar:

  • Explicar um assunto de forma informativa;
  • Convencer sobre a relevância de um conteúdo;
  • Descrever um tema, destacando seus desdobramentos;
  • Analisar um recorte específico, explorando suas nuances.

O diferencial desse gênero textual é que ele não exige um posicionamento pessoal nem um juízo de valor. O foco está em apresentar o conteúdo de forma organizada, fundamentada e relevante, alinhando-se ao que é esperado no cotidiano da profissão.

 

Portanto, mais do que uma habilidade para aprovação, dominar o texto discursivo é uma preparação para a realidade profissional, na qual a comunicação escrita pode ser a chave para o sucesso.

 

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Autor(a): Professora Mariana Santana Marins, idealizadora do Escrever é Praticar. Mestre em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza (PPGEN - UTFPR, Londrina), formada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Especialista em Língua Portuguesa (UEL). Mais de 10 anos de experiência com aulas de português e redação na educação básica, no ensino superior e em preparatórios para concursos públicos. Revisora de diversas obras.

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