As listas são ferramentas do nosso cotidiano muito práticas e versáteis, pois podem ser utilizadas para diferentes situações: para compras no supermercado, elencar desejos, definir prioridades no trabalho, anotar itens importantes para uma viagem etc.

Esse gênero textual também ajuda muito na organização mental, afinal funciona como um lembrete e, muitas vezes, nem precisamos rever os itens para lembrar o que anotamos. Isso acontece porque a disposição visual contribui para que o cérebro “memorize” cada item, não apenas vendo o texto como um único bloco de informações. Quem tem memória visual também se vale listas porque, mesmo que não as tenha em mãos, consegue lembrar-se da posição das palavras no papel.

Pois bem, por mais que seja um gênero livre quanto aos seus objetivos, algumas características estruturais e linguísticas são comuns à maioria das listas.

 

Estrutura

O primeiro elemento é o título, ele deve ser conciso e direto, resumindo o que contém no texto. Geralmente usa-se uma locução nominal, mas também pode empregar algum verbo:

- Lista de compras

- Músicas favoritas

- Levar na viagem para praia

- Meus desejos para 2020

- Tarefas do dia 14/01

Evite ser impreciso no título, senão será preciso ler os itens para entender do que é a lista, aí o objetivo de agilizar a recuperação da informação não se concretizará. Por exemplo, não escreva como título apenas:

- Não esquecer

- Músicas

- 2020

Assim fica muito vago o objetivo e o conteúdo da lista.

Na sequência vem a parte mais importante, o corpo do texto, a exposição propriamente dita das informações. Nesse momento a objetividade e a clareza também são importantes, ou seja, não escreva um parágrafo em cada item. Você pode optar em apenas elencar substantivos, como no caso das compras: arroz, feijão, batata, sabão em pó... Ou ser mais detalhado, como no caso de lista de músicas, anotando nome da canção, artista, ano, álbum, por exemplo:

- Take on me (A-ha, 1985);

- Você não sobe me amar (Blitz, 1982);

- Sonífera ilha (Titãs, 1984);

O grau de detalhamento no texto dependerá do seu objetivo, ou se irá compartilhar com alguém: memória pessoal, buscar para fazer download, fazer um inventário musical, compartilhar para um amigo conhecer etc. Considere quem será o leitor do texto, conhecendo-o você terá certeza do que precisará inserir de informação.

Também é possível usar verbos no infinitivo ou no imperativo para ficar evidente que uma ação deve ser feita, ou que se trata de uma ordem. Por exemplo, uma lista de viagem para a praia você pode anotar assim diferentes ações:

- Reservar hotel;

- Selecionar roupas coloridas para passeio na praia;

- Comprar protetor solar;

O importante é separar um verbo por item para não ficar longo nem confuso o que deve ser feito.

A linguagem é geralmente formal, mas você pode usar de abreviações, gírias e expressões informais, dependendo de quem irá ler a lista, pois nada pode ficar confuso. Também é interessante prezar pelo respeito às regras gramaticais como concordância, ortografia e acentuação (é chato rever o que escreveu e encontrar algum descuido, não é?).

Sobre a pontuação, você pode separar os itens com o ponto e vírgula, usando o ponto final somente no último item. Ou, se quiser, não é preciso pontuar nenhum elemento, caso seja apenas uma lista de palavras, não de pequenas frases.

A apresentação visual é uma das características mais divertidas, afinal o uso de recursos como canetas coloridas, etiquetas e desenhos são livres e dependem apenas da sua criatividade. Lembre-se de manter um padrão no uso dos ícones, isso ajudará na identificação de cada item.

Independente do objetivo, utilizar as listas no cotidiano é uma ótima estratégia para treinar um pouco a escrita e a organização. Com estas orientações, ficará ainda mais fácil fazê-las.

 

 

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Autor(a): Professora Mariana Santana Marins, idealizadora do Escrever é Praticar. Mestre em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza (PPGEN - UTFPR, Londrina), formada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Especialista em Língua Portuguesa (UEL). Mais de 10 anos de experiência com aulas de português e redação na educação básica, no ensino superior e em preparatórios para concursos públicos. Revisora de diversas obras.

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